E às 00:00 iniciou seu dia/noite em busca desta resposta. Na primeira ação começou a girar como os ponteiros, ora como dos minutos, ora dos segundos. E no embalo dos braços e passos, até contra o relógio investiu o giro.
Às 4:20 decidiu esquecer do tempo, abastecer a energia com a torrada, para tentar correr dele. Não correu. Nos próximos minutos quem parou foi Teresa. Nos lençóis escuros, adormeceu, pensandoo que no travesseiro o tempo, igual a ela, descansaria sozinho.
Conseguiu fazer "o dia parecer metade", acordando e esquecendo de levantar. Com os instantes lentos e distantes, viu os dígitos 1, 4, 0 e 0, e decidiu lavar-se.
Assim como a água, o tempo escorreu, e sem perceber Teresa seguiu o fluxo, mesmo com chuva fora, deu um bico dentro.

E assim os ponteiros mergulharam, naquela água quente azulejada, onde mesmo à nado, o tempo permitiu só a ela aqueles minutos.
E, sem olhar no relógio, o suor forçado, os pingos quentes daquele canto de vapor, a levaram longe sem sair dali.
E então as rodas moveu, se locomoveu, leu, escutou, escreveu, estudou, e engraçado, quando não precisava, o tempo demorou...
E no retorno, para os próximos 00:00, depois das estranhas conquistas naquelas 24, Teresa parou.
Teresa pensou: "O tempo até poderia parar. Eu não."
escrito dia 28/10/08 0:48
foto de quinta feira, no clube