1.12.08

No. 34 - Não gosto de dilúvio

do seco ao molhado o chao escorrega, e o que escapa do tombo, nao consegue rir do outro.
o que fazer se, ao olhar pra trás, o que era já foi. E nada ali resta igual.
e nisso o turbilhão de sentimento sopra forte pra onde nao se sabe, empurra, avante.
quem vai, vive novamente. quem fica, vive ainda na busca do antes.
igualmente nao há, e sim o diferente ali se instala. não novo, menos igual.
inspira, respira, despira. despede-se de quem não escolheu nem ir nem ficar. sem opção, partiu.
quem decide por si tem sorte. desce, por vontade, ou cresce, ao deixar também o outro decidir.
e o que resta, é sangue, saque, seque. úmido e com medo da sede.
bebe, come, deita, dorme. respira, que a nuvem espera.

02/12/08
pensando no litoral...

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