5.12.08

No. 35 - Gosto de Teresa III


Teresa insiste em encontrar sua vaga, já não mais vagarosamente.
Elas somem, diminuem, dificulta, e Teresa precisa ir mais longe.
Porém, insiste na mais próxima, neste enquanto.
Acelera, cuida, descuida, estoura.
Volta a vagar, divagar devagar.
Desacelera, respeita o ouvido, sensibiliza o paladar olfato.
Sensível, seduz, seduzida, reduzida a som e luz.
Sem pressa, pressão, pressiona levemente o botão preso.
Vagarosamente, espera sua vaga.
O acelerador não procura. O freio, não mais usa.
E no trajeto, ignora o ritmo interno, sai.
Perde o sono, sonha lento.
Na calada, muda canta, Teresa.

Hoje, 5 de dezembro, 11am, ao despertar.

2 comentários:

  1. aaa... tenho que aprender com Teresa...
    posso divagar rápido
    mas devo agir devagar

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  2. eu devo divagar lentamente
    mas devo agir depressa...
    =/

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Comentar é ótimo.. pois tudo é uma surreal construção coletiva...